1. |
Primeiro Monstro
04:43
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Os monstros falam muito,
falam de tudo um pouco.
Eles gastam o ar
e eu fico rouco.
Mais um louco...
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2. |
Estão à porta
05:02
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Mira miraculosa, cano quente.
Intuição dispara, ansiosa
o que o olhar pressente.
Não é seguro falar aqui
Qualquer um pode ser,
Não há conforto não há sossego,
e todos sabem, todos sabem que
eles estão a porta...
Eles estão à porta,
Eles estão à porta...
Faz a barba, paga a multa
Bebe que enxuta, um fato por engomar.
Não te preocupes, a cadeia está segura,
aqui não vive censura só vergonha alheia.
Vais perder tudo que mais receias,
Critica, ri e ignora,
com a cabeça na areia.
Enquanto eles estão à tua porta...
Eles estão à porta,
Eles estão à porta...
(Foge e esconde! Faz-te de morto!
Soltem os cães! Primeiro a cair!)
(Monstro)
Venham apanhar, não tenho mais filhos para dar,
nem vida nos corpos...
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3. |
Santos
05:39
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No cimo da vila moram os santos
Que não sabem assim tanto
Andam sempre de régua e esquadro
De peruca e de martelo
Têm nos olhos os teus atos
Para poder comparar
no seu manual
De referência comportamental,
E tu ficas assombrado,
Foges cansado
Com o peso da sátira em prática,
De não seres normal.
(Sample de Manifesto anti Dantas recitado por José de Almada Negreiros)
(Coros crus)
Os seres soberbos são imorais,
Nunca souberam bem.
(Nem eu também!)
E quando caírem do altar,
Eu vou lá estar.
(Para os apanhar!)
Água benta na caneta,
Sincera e seca.
(No capeta!)
Nariz para dentro, peito para fora.
Na inspeção!
(Fim da canção!)
Os seres soberbos são imorais,
Nunca souberam bem.
(Nem eu também!)
Nariz para dentro, peito para fora.
Na inspeção!
(Fim da canção!
Fim da canção!3x)
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4. |
"Underveizer"
04:34
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Venham aproximem-se,
temos um lugar reservado
para a senhora não sei que e senhor não sei que mais,
não é para a Tv mas está na hora dos animais.
Passam fome os coitadinhos, não sabem muito mais.
Mesa está cheia, só faz falta quem não está
Algoritmo expressa um fim,
Mas rastejas por um lugar mesmo assim
Não te preocupes há empregados para limpar.(2x)
Sabe tão bem, cada colher que tomas
Sem ver efeitos que somas na cabeça
Não há fio para a meada que aqui vai. (2x)
(Sample em alemão de Nietzsche)
" Wer mit Monstern kämpft, muss aufpassen, dass er nicht auch ein Monster wird."
Vamos ter que gerar necessidade
a seguir ao intervalo com publicidade
de uma mulher bem bonita a vender cálcio e prozac.
Tenham calma entretanto
O mordomo mostra o caminho,
Já preparou as camas, o sangue e as velas,
Não levem muito tempo
Liguem aos vossos amigos,
Temos reservas abertas
e há sempre espaço para mais um (2x)
Não é este o mundo livre, que te estiveram a falar?
Não foi essa a voz nasal que ignoraram e calaram?
Protesto introvertidos, tantos por ai,
que já nem os ouves a lamentar.
(Sample em alemão de Nietzsche)
" Wer mit Monstern kämpft, muss aufpassen, dass er nicht auch ein Monster wird."
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Traz os Monstros Portugal
Oscilando entre o convencionalismo e a uma vanguarda herege instrumentalista, tudo para acertarem no nervo e provocarem
aquele spot gostoso com a sua lírica um tanto abstracta e mundana.
São o "resultado de uma esquizofrenia colectiva, entre mais condimentos existenciais(...)", que com os anos de amizade irresponsável e de noites de jams insensatas nascem os Monstros ...
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featured on Bandcamp Radio Aug 2, 2016
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